A cadeia de suprimentos do data center está enfrentando desafios complexos, impulsionados pelo rápido crescimento da demanda e pelos prazos apertados dos clientes. Em um mercado em que a disponibilidade de equipamentos essenciais, como geradores e chillers, depende de prazos de entrega cada vez mais longos, é fundamental implementar estratégias eficazes que minimizem os atrasos e otimizem a colaboração com os fornecedores.

Fernando Santos, Project Manager da CloudHQ, que forma parte del grupo de expertos que participarán en el DCD>Debate: É possível tornar mais inteligente a supply chain do seu data center? que tendrá lugar el 5 de noviembre en el evento DCD>Connect | São Paulo subraya la importancia de anticipar inversiones en equipos esenciales, establecer alianzas sólidas con fabricantes y mejorar la coordinación de los proyectos mediante tecnologías como BIM, buscando además un equilibrio entre eficiencia, sostenibilidad y adaptación a las necesidades de los clientes finales. En esta entrevista previa con DCD profundiza en algunas de estas ideas.

Fernando Santos, Project Manager da CloudHQ, que integra o grupo de especialistas que vão participar do DCD>Debate: É possível tornar mais inteligente a supply chain do seu data center? a ser realizado no dia 5 de novembro, no evento DCD>Connect | São Paulo, ressalta a importância de antecipar investimentos em equipamentos essenciais, estabelecer parcerias sólidas com os fabricantes e melhorar a coordenação dos projetos por meio de tecnologias como o BIM, buscando também o equilíbrio entre eficiência, sustentabilidade e adaptação às necessidades dos clientes finais. Nesta entrevista prévia ao DCD>Debate, ele aborda algumas dessas ideias:

Quais são os principais desafios enfrentados atualmente na supply chain dos data centers? Como superá-los?

O principal desafio é equalizar os prazos de entrega dos equipamentos críticos, como geradores, chillers, e transformadores, por exemplo. O mercado de data centers está com alta demanda, e os fabricantes estão estendendo os prazos, em contraste à crescente necessidade dos clientes por entrar nos data halls mais cedo. A alta demanda também traz desafios às construtoras e instaladoras, que enfrentam escassez de mão-de-obra qualificada e ainda algumas divergências quanto à cultura de trabalho dos clientes finais, estrangeiros. Soluções para essas questões não são simples e envolver múltiplas ações, como o investimento antecipado na aquisição dos equipamentos mais críticos, estabelecimento de parcerias efetivas com fabricantes, e o desenvolvimento contínuo de prestadores de serviço.

Como a gestão de fornecedores pode ser aprimorada através de tecnologias e práticas de colaboração?

É irônico como o setor que constrói a infraestrutura para a tecnologia da informação a utiliza muito pouco. O caminho é integrar o trabalho de planejamento e desenvolvimento de projetos de engenharia em plataformas comuns, que permitam o trabalho simultâneo e colaborativo. Destaco o uso do BIM enquanto metodologia de trabalho, e não apenas modelagem em 3D; e também plataformas de gerenciamento de projetos que unificam cronogramas, EAPs, e custos em um “single source of truth”, agilizando em muito o trabalho do dia-a-dia.

Quais métricas devem ser utilizadas para medir o sucesso na implementação de uma supply chain mais inteligente em um data center?

Na minha opinião, a inteligência está em iniciar os processos já da maneira que o cliente final precisa, evitando desperdícios no meio do caminho com adaptações, conversões, ou outros tipos de modificação. Isso vale tanto para o fluxo de trabalho com informações (projetos de engenharia e especificações, por exemplo) quanto para os equipamentos e obras físicas envolvidos.

Como a sustentabilidade pode ser integrada à supply chain dos data centers sem comprometer a eficiência e a performance?

Sustentabilidade é justamente aumentar a eficiência e a performance. O mercado apresentando alta demanda permite a continuidade comercial dos fornecedores, criando o cenário ideal para a implementação de melhorias em seus processos, diminuindo desperdícios e assim contribuindo com ganhos em termos de sustentabilidade tanto ambiental quanto econômica.