A seleção de uma solução de resfriamento para data centers envolve considerar vários fatores essenciais que afetam diretamente a eficiência operacional e os custos a longo prazo. A capacidade de resfriamento deve ser precisa, pois uma insuficiência pode interromper as operações, enquanto o excesso gera gastos desnecessários.

A eficiência energética é fundamental para reduzir os custos operacionais, e a presença de redundância assegura a continuidade em caso de falhas. Da mesma forma, a flexibilidade e a escalabilidade permitem ajustar a capacidade do sistema conforme as necessidades do centro mudam.

Ao analisar o custo total de propriedade, é importante considerar não apenas o investimento inicial, mas também os custos de manutenção e suporte técnico, que devem ser acessíveis e de fácil implementação. Com as tendências atuais, como o design modular e o edge computing, as soluções de resfriamento precisam ser escaláveis e adaptáveis a diferentes condições ambientais. Além disso, evitar erros comuns, como subestimar a densidade de calor ou não planejar para o crescimento futuro, é fundamental. Em última análise, uma alta eficiência energética e o foco na sustentabilidade não apenas minimizam o impacto ambiental, mas também geram economias ao longo do tempo, justificando o investimento inicial.

Nesta semana, aconteceu o evento DCD>Connect São Paulo, no Sheraton São Paulo WTC Hotel. Esses aspectos foram abordados no DCD>Debate: Você realmente sabe escolher a solução de cooling adequada para o seu data center?. Igor Rocha dos Santos, Especialista em Infraestrutura de Data Center da RTM, conversou com a DCD após sua participação na sessão.

Quais são os principais fatores a serem considerados ao selecionar uma solução de cooling para um data center, e como cada um deles impacta a eficiência operacional?

  • Capacidade de resfriamento: Quando subdimensionada, pode gerar indisponibilidade e, quando superdimensionada, pode gerar descarte de recursos financeiros da empresa.
  • Eficiência energética: Pode ajudar em termos de redução de custos operacionais.
  • Redundância e confiabilidade: Crucial para garantir a continuidade das operações em caso de falha.
  • Flexibilidade e escalabilidade: Apoiam na possibilidade de aumento ou redução da capacidade do Data Center.
  • Custo total de propriedade: Quanto custa para manter o sistema entre aquisição, operação e manutenção.
  • Manutenção e suporte técnico: Facilidade de manutenção, disponibilidade de técnicos e peças de reposição.

Como as tendências em design de data centers, como a adoção de arquiteturas modulares e edge computing, afetam a escolha das soluções de cooling?

Arquiteturas modulares: Exigem soluções de cooling que possam ser escaladas de acordo com a necessidade, geralmente já vêm com sistemas de resfriamento integrados. Facilitam a implementação de tecnologias de resfriamento mais avançadas, como refrigeração líquida, que é mais eficiente em termos de energia e pode ser ajustada conforme a densidade de racks aumenta ou diminui.

Edge Computing: Pode significar ambientes mais variados e desafiadores para o resfriamento. Soluções de cooling precisam ser adaptáveis a diferentes condições ambientais e geográficas e exigem sistemas de resfriamento mais robustos e eficientes.

Quais são os erros comuns que as empresas cometem ao escolher soluções de cooling e como podem ser evitados?

Subestimar a densidade de calor, deixar de avaliar a eficiência energética, não planejar expansão do ambiente, considerar condições ambientais do local de instalação, manutenção inadequada do sistema e uso de tecnologias defasadas.

Qual é o papel da eficiência energética e da sustentabilidade na seleção de soluções de cooling, e como isso afeta os custos operacionais a longo prazo?

Redução de custos operacionais, menor necessidade de intervenção para manutenção, redução de impacto ambiental e incentivos fiscais. Apesar dos investimentos iniciais serem mais altos inicialmente, ao longo do tempo o investimento se justifica e supera a escolha feita.