A Oracle organizou sua Oracle CloudWorld Tour em São Paulo, na terça-feira 25 de março. O evento contou com especialistas, clientes e imprensa especializada do setor de tecnologia no World Trade Center, na zona sul da capital paulista. A inteligência artificial foi o grande destaque do evento, com executivos da Oracle e clientes falando sobre cases de sucesso e o futuro da tecnologia no Brasil e no mundo.
No keynote de abertura, Alexandre Maioral, presidente da Oracle no Brasil, abriu o destacou a ascensão da inteligência artificial como um momento transformador para a humanidade, já presente em nosso cotidiano e impactando a forma como vivemos e fazemos negócios. Segundo o executivo, a IA não é somente uma ferramenta, é um paradigma que transformará vidas e negócios. Ele ressaltou que o evento é uma oportunidade para discutir essa revolução tecnológica com clientes que já utilizam IA para transformar suas empresas e gerar impacto positivo na sociedade, além de abordar questões éticas e os desafios envolvidos. Maioral concluiu destacando o poder da combinação entre inteligência humana e artificial para criar uma inteligência exponencial.
Após fala de abertura, Steve Miranda, Vice-Presidente Executivo de Desenvolvimento de Aplicações da Oracle, destacou o crescimento acelerado da inteligência artificial nos negócios, mencionando um aumento de 80% nos investimentos em IA generativa no último ano. Ele apontou que a tecnologia já está profundamente integrada ao dia a dia das pessoas e vem transformando processos empresariais, desde buscas online até decisões estratégicas. A IA tem gerado ganhos reais em áreas como finanças, logística e atendimento ao cliente, com exemplos como a AT&T, que utiliza sensores e análise de dados para melhorar a entrega de serviços. Segundo Steve, não adotar essas tecnologias coloca as empresas em clara desvantagem competitiva.
O sucesso da IA, disse Miranda, depende do uso eficiente dos dados — coletando, organizando e processando para gerar valor real. A Oracle, nesse contexto, oferece uma plataforma integrada e flexível que permite às empresas adaptarem suas operações de forma estratégica. Para Steve, o momento de agir é agora: a IA está reformulando desde o back office até a experiência do cliente, e iniciar essa transformação imediatamente representa uma oportunidade concreta de crescimento e diferenciação no mercado.
Na coletiva de imprensa exclusiva para os jornalistas presentes no evento, Marcelo Pivovar, CTO da Oracle, e Alexandre Maioral falaram sobre o lançamento do Oracle Innovation Center em São Paulo. Pivovar afirmou que o laboratório trabalha com o conceito de banco invisível e que o mais interessante no OIC é a vivência, ou seja, fazer com que indústrias de diversos setores convirjam para o mesmo lugar, entregando um serviço único. Marcelo também afirmou que o grande diferencial do laboratório é a experiência personalizada, uma característica comum ao latino-americano.
A Oracle, indicou o CTO, priorizou parceiros locais no momento de criar o laboratório para fomentar o ecossistema local. Um exemplo emblemático foi a visita de executivos do Banco do Brasil à Casa Oracle, o que rendeu uma parceria de negócios da empresa com o banco. Após a apresentação de Pivovar, Alexandre Maioral falou sobre o evento e a Oracle. Segundo Maioral, o Oracle CloudWorld Tour foi organizado em um momento muito especial. A Oracle tem capacidade técnica e de desenvolvimento e o Oracle Innovation Center foi pensado para provocar o cliente, estimulá-lo para que construa, juntamente com a Oracle, as ideias que porventura podem surgir. Alexandre Maioral destacou que os clientes estão cada vez mais conscientes sobre como utilizar a inteligência artificial para impulsionar seus negócios, não apenas o ChatGPT. Para ele, a maturidade aumentou muito nos últimos seis meses e as empresas entenderam que precisarão se reinventar para se manter relevantes.
Sobre data centers, Maioral comentou sobre os planos do Governo brasileiro para atrai-los para o país aproveitando vantagens como a matriz energética limpa e a posição geográfica estratégica. O executivo acredita que os custos elevados, taxas e impostos representam desafios significativos, dificultando a competitividade do Brasil nesse mercado. Para enfrentar esses obstáculos, o governo tem discutido medidas como incentivos fiscais, redução de tarifas de importação e linhas de crédito específicas para o setor. Da maneira como as coisas estão hoje, diz Maioral, a transformação do país em uma potência do setor fica inviabilizada.