Visando ampliar iniciativas ecológicas, o DeepL, empresa de IA linguística, apresentou seu novo EcoData Center, localizado na Suécia. Projeto reflete interesse da empresa de alinhar e ampliar a produtividade da Inteligência Artificial (AI), garantindo que o impacto da tecnologia seja positivo no planeta, fornecendo o poder de computação e armazenamento de dados para treinamento de forma sustentável.
Localizado no norte da Suécia, o EcoDataCenter é capaz de aproveitar o clima nórdico e gelado para contribuir com o resfriamento do equipamento, aprimorando a eficiência energética e tornando o sistema de refrigeração mais eficaz. Este data center é um excelente exemplo de como essa infraestrutura pode ser mais sustentável, e atualmente abriga o Mercury, conglomerado de supercomputadores que alimenta IA linguística do DeepL.
Suas características sustentáveis vão além de sua localização. O data center é construído com vigas de madeira, minimizando o uso de aço e cimento, que possuem uma pegada de carbono maior. Inclusive, a madeira utilizada pode ser reposta pelas florestas da Suécia em apenas três minutos. Esse projeto possui uma pegada energética diferente quando comparado aos data centers convencionais, que suportam outros sistemas de inteligência artificial.
Para medir a eficácia no uso da energia de um data center, utiliza-se o PUE, uma métrica de eficiência padrão para o consumo energético nessas infraestruturas. Essa métrica é uma razão simples entre o uso de energia total da instalação e o uso de energia pelos equipamentos de TI. Para o EcoDataCenter, sua razão é 30% melhor do que outros Data Centers de melhor desempenho, isso porque utiliza uma quantidade de energia para resfriamento significativamente menor.
Por fim, o EcoDataCenter ainda utiliza uma rede inteligente, capaz de coordenar o seu uso de energia com flutuações na demanda, equilibrando a carga para garantir o fornecimento de energia estável para todos. Tudo isso enquanto utiliza apenas energia renovável, alimentada por fontes eólicas e hidroelétricas utilizando água derretida da região, reciclando o excesso de calor dos geradores para aquecer casas e estufas próximas, criando uma economia circular.
A inteligência artificial (IA) está ampliando as fronteiras e aumentando a produtividade das empresas. Cada vez mais as indústrias utilizam inteligência artificial no seu dia a dia, além de incorporarem a tecnologia como parte fundamental de sua operação. Mas, pensando em um mundo que enfrente os desafios climáticos globais, o consumo de energia para essa tecnologia deve entrar na balança para que a relação entre IA e energia seja saudável, garantindo que o impacto da tecnologia seja positivo no planeta. Por isso, o DeepL escolheu o EcoData Center para fornecer o poder de computação e armazenamento de dados para treinamento, um dos dados mais avançados e sustentáveis do mundo.
Segundo estudo da Goldman Sachs, por exemplo, o consumo de energia em data centers aumentará 160% até 2030 nos Estados Unidos, representando 8% do consumo total de energia do mundo, em comparação à 3% em 2022. Além disso, de acordo com dados do Instituto de Pesquisa de Energia Elétrica, o consumo de eletricidade dos data centers nos EUA pode mais do que dobrar 2030, e a demanda global de eletricidade para IA, data centers e criptomoedas, com um cenário alcançando pelo menos 800 TWh em 2026, quase 75% maior desde 2022.