Neste ano, a inteligência artificial desempenhará um papel ainda mais central no mundo corporativo, desafiando as organizações a equilibrar inovação e controle, superar obstáculos e adaptar-se às transformações no relacionamento entre empresas e seus clientes, construindo o novo ciclo generativo de desenvolvimento. Os especialistas da OutSystems compartilham as tendências e insights que ajudam a preparar as organizações para uma estratégia de IA bem-sucedida nesse cenário.
TENDÊNCIAS GLOBAIS
Convergência entre IA e low-code
Por Rodrigo Coutinho, Cofundador e Gerente de Produto de IA
A partir de 2025, a convergência entre IA e low-code abrirá possibilidades infinitas para as equipes de TI e sua interação com executivos e outros stakeholders importantes. O futuro trará uma aceleração das soluções de low-code baseadas em IA, criando um cenário em que a inteligência artificial não apenas gerará código, mas sim aplicações completas. Isso transformará radicalmente como as organizações criam, personalizam e modernizam suas aplicações.
O que isso significa para as equipes de TI: Aproveitando soluções de low-code impulsionadas por IA, que eliminam trabalhos repetitivos do dia a dia, os desenvolvedores poderão assumir um papel mais elevado, dedicando mais tempo a conversas impactantes com tomadores de decisão sobre como a tecnologia pode resolver problemas de negócios e atingir objetivos. Essa evolução complementará as melhores qualidades dos desenvolvedores – sua criatividade e inovação – e os desafiará a crescer em direção a funções de liderança dentro de suas organizações.
IA conversacional transformará interação dos clientes com plataformas digitais
Por Tiago Azevedo, Chief Information Officer (CIO)
Transformar a experiência do cliente continua sendo uma das principais prioridades dos líderes de TI, especialmente em um mercado altamente competitivo, onde é um fator de diferenciação crucial. Acredito que a IA redefinirá como as empresas interagem com os clientes em 2025, indo além das interfaces tradicionais para experiências conversacionais e baseadas em prompts. Em vez de interagir com janelas, botões ou formulários, os clientes tenderão a se engajar com empresas por meio de prompts em linguagem natural em texto, áudio ou vídeo.
O que isso significa para as equipes de TI: Para atender às crescentes expectativas dos clientes e manter uma vantagem competitiva em 2025, as equipes de TI terão um papel fundamental na adoção de tecnologias conversacionais baseadas em dados que incentivem o engajamento do cliente. Esta é uma oportunidade para os líderes de TI e suas equipes priorizarem o cliente nas decisões tecnológicas e utilizarem isso para aumentar a retenção e a fidelidade.
A evolução da IA e novas preocupações éticas, de segurança e de governança
Por Miguel Baltazar, Vice-Presidente de Relações com Desenvolvedores
A IA continuará a evoluir, ampliando suas interações no mundo virtual por meio do controle autônomo de computadores e no mundo real por meio de veículos autônomos, drones e outros dispositivos IoT. Isso aumentará as interações controladas por IA com humanos e até mesmo entre máquinas, introduzindo uma nova camada de preocupações éticas, de segurança e de governança que nunca enfrentamos antes.
O que isso significa para as equipes de TI: Avanços nos mecanismos de segurança e governança serão cruciais para construir confiança e garantir que a GenAI seja implementada de forma responsável, segura e em conformidade com as regulamentações. Em 2025, acredito que um número crescente de equipes de TI adotará práticas de DevSecOps para gerenciar melhor riscos e mitigar ameaças em seu software personalizado. Isso deve ser uma prioridade para todas as equipes de TI enquanto suas organizações exploram mais casos de uso de GenAI.
Integração e qualidade de dados impedirão o sucesso da GenAI
Por Luis Blando, Chief Product and Technology Officer (CPTO)
As empresas que implementam GenAI continuarão enfrentando desafios relacionados à integração, qualidade e privacidade dos dados – os maiores obstáculos para impulsionar a escalabilidade e o sucesso da GenAI em 2025. Compreender a estrutura dos dados e integrá-los será essencial à medida que as organizações buscam expandir a adoção e desbloquear o valor total da IA.
O que isso significa para as equipes de TI: Para enfrentar o desafio dos silos de dados e aproveitar totalmente as poderosas capacidades da GenAI, acredito que os líderes de TI e suas equipes precisarão priorizar a consolidação e a integração de dados, o que exigirá plataformas unificadas. Proteger a privacidade dos dados e mitigar vieses também será essencial durante esse processo para manter a confiança e a conformidade.
TENDÊNCIAS BRASIL
IA e low-code: equilíbrio entre resiliência, eficiência e agilidade nas organizações
Por Carlos Sapateiro, Regional Sales Director da OutSystems no Brasil
2025 será um ano de transformações significativas para as organizações brasileiras. Em meio à incerteza econômica, como alta inflação e taxas de juros, as empresas serão desafiadas a equilibrar resiliência, eficiência e agilidade.
No campo do desenvolvimento de software, veremos uma aceleração na adoção de IA, ferramentas de Low-Code e DevOps, enquanto os custos de SaaS (Software as a Service) e os avanços de IA impulsionarão um debate renovado em torno da decisão das empresas em construir internamente ou comprar o software (Build vs Buy). As empresas, então, passarão a desenvolver software internamente, em vez de adquiri-lo de fornecedores externos e, além disso, muitas aplicações nos portfólios corporativos serão consolidadas em plataformas de desenvolvimento de aplicações low-code impulsionadas por inteligência artificial.
O que isso significa para os negócios: As plataformas de low-code impulsionado por IA, em particular, se destacarão como impulsionadores de negócio para produtividade e time-to-market na região da América Latina, alinhando a TI com uma abordagem mais estratégica. No entanto, para capturar totalmente o valor da IA, as empresas precisarão superar desafios culturais, como adotar uma mentalidade digital-first e melhorar a cultura digital em toda a organização.
Avanço no desenvolvimento de software em 2025 no Brasil
Por Rodrigo Soares, Solution Architecture Manager LATAM da OutSystems
As principais tendências esperadas no desenvolvimento de software para 2025 estão diretamente ligadas aos esforços das organizações para se tornarem mais eficientes, resilientes, ágeis e para justificarem seus investimentos em tecnologias. Assim, os principais impulsionadores para a adoção de plataformas low-code no país em 2025 são: a mudança de TI reativa para estratégica e a produtividade e o tempo de colocação no mercado.
A tecnologia low-code com IA permite as condições para isso, proporcionando às empresas transformarem a TI em um negócio estratégico, bem como aumentarem a produtividade e o time-to-market de aplicações e serviços.
À medida que as empresas reconhecem os benefícios das atuais plataformas AI-powered low-code, muitos novos projetos devem migrar para esse modelo devido à sua eficiência e agilidade. No entanto, observaremos o desenvolvimento tradicional ainda coexistindo com o low-code por um longo tempo, principalmente porque os sistemas legados, que formam a espinha dorsal de muitas operações organizacionais, exigem manutenção contínua e, em muitos casos, modernização do legado.
O que isso significa para os negócios: uma pesquisa realizada pela OutSystems no Brasil, intitulada "Intenções de Investimento em Tecnologia Low-Code", destaca a crescente relevância dessa abordagem no mercado brasileiro. De acordo com os resultados do estudo, a maioria das empresas pesquisadas já utiliza plataformas low-code em suas operações. Além disso, entre as organizações que ainda não adotaram essa tecnologia, muitas demonstraram interesse em integrá-la aos seus processos nos próximos anos.
Todas essas tendências refletem e reconhecem o low-code com IA como uma solução eficiente para atender às crescentes demandas por inovação e desenvolvimento ágil, permitindo que as empresas se adaptem rapidamente às mudanças e demandas do mercado, além de se inserirem na nova era do Ciclo Generativo de Desenvolvimento.